Os anfíbios foram o primeiro grupo de vertebrados a ocupar o ambiente terrentre há mais de 300 milhões de anos. Até o momento, 6.091 espécies são conhecidas em todo planeta(FROST, 2007), divididas em três ordens :
1) a ordem Gymnophiona, que compreende os anfíbios conhecidos popularmente por "cobras-cegas", que não apresentam membros locomotores, possuem corpo cilìndrico e alongado e vivem em galerias escavadas no subsolo ou na água.

3) os "sapos","rãs" e "pererecas", representantes da ordem Anura, que não apresentam cauda na fase adulta, são muito diversificados em relação a sua forma e hábitos e os únicos anfíbios que possuem voz, ou seja, os machos coaxam para atrair as fêmeas na estação reprodutiva. Distribuem-se amplamente ao redor do mundo. Os anuros, objeto pricipal desta postagem, são muito importantes para o equilíbrio do meio ambiente, já que intregam a cadeia alimentar. De um lado, são excelentes predadores, se alimentando de insetos, aranhas, e até mesmo de pequenos vertebrados. Por outro, pazem parte da alimentação deuma quantidade enorme de animais, desde invertebrados até repteis, aves e mamíferos.
Muitas espécies de anfíbios possuem uma fase larval aquática, cuja respiração é realizada através de brânquias. Nos anuros, essas larvas são comumente chamadsa de girinos. Ao se desenvolverem, passam a ocupar o ambiente terrestre e a respirar através de pulmões. Estas são algumas das caractéristicas que tornam os anfíbios extremamente sensíveis a alteração ambientais, como desmatamentos, poluição do ar, solo e de corpos d'água. Com o aumento das ações de origem antrópica, alguns perquisadores notaram que, a partir da década de 80, as populações de muitas espécies de anfíbios começaram a declinar e até mesmo desaparecer ao redor do mundo, inclusive com alguns casos já reportados para o Brasil.
Em todo o mundo, o Brasil é o país com maior diversidade de anfíbios, contendo atualmente 776 espécies. Cerca de metade destas espécies concentra-se na Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do planetas e que apresenta mais diversidade de espécies de que grande parte das florestas localizadas na Região Amazônica.
O Estado de São Paulo possui uma grande diversidade de anfíbios anuros(sapos,rãs e pererecas), estimada em mais de 250 espécies. Essa riqueza é provavelmente consequencia da presença das Serras do Mar e da Mantiqueira, as quais apresentam elevada umidade em decorrência da grande quantidade de chuvas. Além disso, o terreno bastante acidentado é um fator que gera isolamento entre diferentes populações, especiação e endemismo, resultando numa grande biodiversidade.
O Município de São Paulo encontra-se completamente inserido no bioma da Mata Atlânticae, em decorrência deste fato, ainda abriga uma anurofauna considerável apesar do crescimento desenfreado da Cidade.
OS ANFÍBIOS E A CIDADE
Devido a séculos de ocupação e processos de urbannização sem planejamento, o Município de São Paulo apresenta sua paisagem natural bastante alterada. No que diz respeito aos anfíbios, diversos habitats ocupados por animais, como riachos, córregos, rios, matas ciliares e várzeas foram completamente modificadas tanto fisicamente(por exemplo: ocupação irregular de matas ciliares, retificação de rios, canalização de córregos e riachos, drenagens de várzeas e brejos) como quimicamente( por exemplo: poluição das águas por esgoto doméstico ou industrial). Estes fatores certamente colaboraram para o desaparecimento de inúmeras espécies dentro do Município. No entanto, algumas áreas verdes ainda conservam hábitats apropriados para manter a diversidade das espécies aqui registradas. Estas se consentram pricipalmentenos Parques Municipais, Estaduais, Áreas de Proteção Ambientais(APAs) e áreas particulares com remanescentes de mata localizadas perifericamente na cidade. Os fragmentos da mata mais significativos localizam-se ao sul(Parque Estadual das Fontes do Ipiranga e Parque Ecológico do Guarapiranga), extremo sul(APA do Bororé-Colônia e Capivari-Monos e Núcleoo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar), norte(Parque Estadual da Cantareira), leste(APA do Carmo) e a oeste(Parque Estadual do Jaraguá) do Município.
A cidade de São Paulo, apesar de ser a maor metrópole da América do Sul, ainda não possui um levantamento siste mático acerca das espécies de anfíbios que ocorrem dentro se seus limites. Nas áreas que margeiam o Municípios destacam-se as pesquisas realizadas na Reserva Florestal do Morro Grande, em Cotia e na Serra do Japi. O trabalho de BOKERMANN (1966) cita o Município como sendo localidade-tipo para algumas espécies de anfíbios.
A realização de pesquisas e inventários envolvendo os anuros existentes na Cidade de São Paulo é de extrema importância. Dentre os inúmeros fatores relevantes podemos destacar:
-O Município ainda possui importantes fragmentos florestais;
-O aumento das ocupações irregulares e da especulação imobiliária devasta extensas áreas naturais, o que pode contribuir para o declínio ou desaparecimento de espécies ainda não registradas para a região;
-Ausência de levantamento de campo em diversas localidades da Cidade;
-Um maior conhecimento da fauna local auxilia e enriquece trabalhos de Educação Ambiental;
-Levantamentos faunísticos são muito importantes para a aplicação de medidas de preservação ambiental, como por exemplo, a criação de Unidades de Conservação.
A lista de anfíbios apresentada ao final da página integra o projeto "Inventário da Fauna do Município de São Paulo" da Divisão de Fauna(SÃO PAULO, 2006). Não foram retratadas, por ora, as espécies de anfíbios relatadas por outros autores e instituições para o Município já que a proposta desta página foi comentar a lista publicada no Inventário da Fauna do Município de São Paulo(SÃO PAULO, 2006). Portanto, a diversidade de anfíbios apresentada aqui para a cidade de São Paulo não corresponde à sua totalidade.
ÁREAS DE ESTUDO
Quase todas as espécies relacionadas foram registradas em quantro áreas, através de levantamentos a campo. No Parque Anhanguera(zona oeste), o levantamento foi conduzido por Cybele de Oliveira Araújp(1997); no Parque Cidade de Toronto9zona oeste), por Felipe Ignácio Jacinto(monografia de conclusão de curso, 2001); na Fazenda Castanheiras(zona sul), por Leo Ramos Malagoli e colaboradores(2003); e no Nucléo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar(zona sul0, por Malagoni e Haddad(em andamento). Todos os trabalhos foram realizados em parceria com a Divisão Tévcnica de Medicina Veterinária e Manejo de Fauna Silvestre.
PROCEDIMENTOS
O método utilizado para o levantamento de anfíbios constituiu em coleta com armadilhas de intercepção e queda, e registro de vocalização.
A classificação e taxonomia das espécies segeum os trabalhos de FAIVOVICH et al.(2005), FROST et al.(2006) e GRANT et al.(2006). Os nomes populares aqui adotados seguem propostos em trabalho já publicados(HADDAD et al.,2005; IZECKOHN; CARVALHO-E-SILVA,2001).
RESULTADOS E CONCLUSÕES
Um total de 40 espécies pertencentes a 7 famílias foi registrado para o Município se São Paulo, 21 são consideradas endêmicas da Mata Atlântica(FROST,2007;IUCN,2006b). A rã-de-vidro, Hyalinobatrachium uranoscopum, consta da lista de espécies provavelmente ameaçadas de extinção para o Estado de São Paulo(SÃO PAULO,1998) e a rãzinha-de-barriga-vermelha, Paratelmatobius cardosoi, consta como espécie "Insuficientemente Conhecida" pela IUCN (2006a).
Apesar de 19 das espécies apresentadas serem ocupadas de áres abertas ou viverem em áreas parcialmente urbanizadas, como a sapo-cururuzinho, Chaunus ornatus, a pererequinha-do-brejo, Dendropsophus minutus, a rã-manteiga,Leptodactylus ocellatus, e a rã-cachorro, Physalaemus cuvieri, o restante das espécies, pouco mais da metade, vive nas áreas estridente florestais ou muito próximas a elas. São exemplos a perereca-flautinha, Aplastodiscus albosignatus, a perereca, Bokermannohyla astartea, a perereca-de-folhagem, Phasmahyla cochranae, e a rãzinha-de barriga-vermelha,Paratelmatobius cardosoi. Estas aspécies mais sensíveis a alterações são encontradas em pontos da cidade onde a ocupação humana ainda é rara ou inexistente e o ambiente ainda conserva um pouco de suas características originais. Com o aumento das pesquisas em Parques e áreas verdes municipais que possuam matas, novos registros de espécies florestais deverão ocorrer para a cidade de São Paulo. Quanto aos ambientes de várzeas e brejos, áreas abertas naturais escassas na cidade, é possível que abriguem espécies de anuros que ainda não foram registradas dentro dos limites da metrópole.
Aseguir, é apresentada uma linta comentada das espécies, contendo informações sobre sua história natural, ecologia e distribuição geográfica, além de ilustração detalhadas.
LISTA COMENTADA
FAMÍLIA BRACHYCEPHALIDAE
Eleutherodactylus binotatus(Spix,1824)

rã-do-chão-da-mata
Rã de porte mediano(cerca de 30 mm a 40 mm) e similar à espécie anterior, porém, sem manchas enegrecidas no dorso. Possui uma grande variação de coloração e ampla distribuição geográfica. Desta forma, é possível que mais de uma espécie esteja sendo designada pelo mesmo nome. Assim como outras rãs do gênero Eleutherodactylus ,
também apresenta desenvolvimento direto. Sua distribuição abrange os Estados do Sul e Sudeste brasileiros.
Pequenina rã(cerca de 20mm) de cor bege ou cinza, com uma área enegrecida próxima à região cloacal. Vive no chão de matas e vocaliza ao entardecer e à noite. A espécie ocorre em áreas florestadas do Sudeste do Brasil.
Eleutherodactylus spainios
rãzinha-do-chão-da-mata
Rã de tamanho muito reduzido(creca de 16 mm), coloração esverdeada, ponta dos dedos dilatadas e ventre escuro. Trata-se de uma espécie considerada rara, e pouca ou nenhuma informação sobre sua biologia é conhecida. Eleutherodactylus spainios foi descrita com base em poucos exemplares, portanto, são necessários trabalhos de comparação para uma confirmação segura a respeito da identidade da espécie coletada em São Paulo.
FAMÍLIA BUFONIDAE
Chaunus ictericus
sapo-cururutu
Chaunus ornatus
sapo-cururuzinho
Esta espécie de sapo é visivelmente menor que a citada anteriormente(cerca de 80 mm), sua coloração varia de marrom-avermelhada a bege, apresentando glândulas parotóides pequenas e, com frequência, uma fina faixa longitudinal esbranquiçada no dorso. Os hábitos reprodutivos são semelhantes aos da espécie citada anteriormente. Sua distribuição geográfica abrange a Mata Atlântica, desde o Estado do Espirito Santos até o Paraná e, possivelmente, as Províncias de Misiones e Corrientes, a nordeste da Argentina.
Dendrophryniscus brevipollicatus
sapinho-arborícola
Pequenina espécie de sapo(cerca de 20 mm) com focinho afilado e ponta dos dedos dilatada. Possui coloração cinzenta e um desenho no dorso em forma de"X". Habita o interior das matas e deposita seus ovos na água acumulada no interior de bromélias. Os girinos se desenvolvem completamente neste tipo de microambiente.
Dendrophryniscus leucomystax
sapinho-arborícola
Anuro muito semelhante ao citado anteriormente(cerca de 20 mm), porém apresentada uma faixa de cor branca em seu lábio superior. Dendrophryniscus brevipollicatus, seu parente próximo, está geralmente associado a bromélias, onde seus ovos são depositados e os girinos se desenvolvem. Já Dendrophryniscus leucomystax utiliza poças de água acumuladas no solo, dentro de matas, para depositar seus ovos.
FAMÍLIA CENTROLENIDAE
Hyalinobatrachium uranoscopum
rã-de-vidro
Pequena perereca(em torno de 20 mm) de coloração verde e ventre transparente, que dá origem ao nome. Vive na vegetação marginal de riachos e ribeirões no interior de matas. A desova consiste de um agregado de ovos com aparência gelatinosa, que são depositados no limbo das folhas que pendem sobre a água. Ápos algum tempo, os girinos literalmente "pingam" na água e se desenvolvem no fundo de corpos d'água, em meio a areia e folhas mortas. Distribui-se pelas serras do Sudeste e Sul(Paraná e Santa Catarina) do Brasil e nordeste da Argentina.
FAMÍLIA HYLIDAE
Aplastodiscus albosignatus
perereca-flautinha
Perereca de coloração verde e tamanho mediano(cerca de 40 mm ). Vive nas margens de córregos ou áreas brejosas e emite uma vocalização semelhante a uma nota de flauta no interior de matas. O gênero Aplastodiscus possui um complexo sistema de corte e acasalamento que envolve sinalizações e toques. Depositam seus ovos, de coloração esbranquiçada, em tocas subterrâneas próximas a riachos. Com a chegada das chuvas, o volume de água nos corpos d'águas aumenta e os abrigos são inundados. Os girinos , então, passam a ocupar os córregos, onde se desenvolvem.
Aplastodiscus leucopygius
perereca-verde
Perereca com forma, tamanho(cerca de 40 mm), colorido e modo reprodutivo muito semelhantes aos da espécie anteriormente comentada. Habitualmente vocaliza próxima a córregos em áreas florestadas. Ocorre na Mata Atlântica, do Rio de Janeiro a São Paulo.
Bokermannohyla astartea
perereca
Perereca de tamanho médio(cerca de 40 mm), com coloração que varia de marrom-avermelhada a bege, com algumas poucas manchas brancas no dorso. Costuma vocalizar à noite, em bromélias, a diversas alturas, junto a pequenos córregos ou riachos no interior de matas. Possui distribuição pela Serra do Mar do Estado de São Paulo.
Bokermannohyla circumdata
perereca-com-anéis-nas-coxas
Perereca de tamanho grande(cerca de 80 mm), coloração bege ou marrom-avermelhado e manchas transversais escuras no dorso. Seu tímpano é grande e arredondado. Esta espécie típica de Mata Atlântica possui hábitos florestais e está associada à vegetação marginal de cursos d'água, como córregos e riachos.
Bokermannohyla hylax
perereca-com-anéis-nas-coxas
Perereca grande(em torno de 65 mm), semelhante nos hábitos e formas à espécie citada anteriormente, porém, possui tímpano de tamanho reduzido. Vocaliza em locais protegidos no chão ou na vegetação baixa próxima a córregos.
Dendropsophus berthalutzae
pererequinha
Pequena perereca(cerca de 20 mm) de coloração bege-alaranjada que possui um desenho no dorso em forma de"X". Habita a vegetação em clareiras e bordas de mata.
Dendropsophus microps
Bokermannohyla hylax
perereca-com-anéis-nas-coxas
Perereca grande(em torno de 65 mm), semelhante nos hábitos e formas à espécie citada anteriormente, porém, possui tímpano de tamanho reduzido. Vocaliza em locais protegidos no chão ou na vegetação baixa próxima a córregos.
Dendropsophus berthalutzae
pererequinha
Pequena perereca(cerca de 20 mm) de coloração bege-alaranjada que possui um desenho no dorso em forma de"X". Habita a vegetação em clareiras e bordas de mata.
Dendropsophus microps
pererequinha
Perereca de pequeno porte(cerca de 25 mm), com coloração que varia de castanho-escura a tons de bege-amarelados, com manchas escuras distribuidas irregularmente no dorso. Costuma vocalizar na vegeteção baixa na borda de matas. A região exterior das coxas possui cor alaranjada.
Dendropsophus minutus
pererequinha-do-brejo
Está pequena espécie de perereca(cerca de 20 mm) possui coloração bege-amarelada e manchas escuras, em forma de faixas, estreitas ou de uma ampulheta. Vocaliza na vegetação marginal em brejos e lagos em áreas abertas. Sua desova é realizada na água.
Hypsiboas albomargintus
perereca-verde-de-coxas-laranjas
Perereca de cor verde e tamanho médio(cerca de 50 mm), com colorido alaranjado nas coxas. A voz desta espécie consiste em um grito rouco, repetido irregularmente, em meio à vegetação baixa na margem de lagoas e brejos em áreas abertas.
Hypsiboas albopunctatus
perereca-cabrinha
Perereca com tamanho médio(cerca de 60 mm). Possui coloração marrom no dorso e pequenas pintas amarelo-esbraqueçadas na porção externa das coxas e região inguinal. A espécie costuma habitar áreas abertas, como banhados, brejos e lagos. Sua vocalização lembra um pouco o balido de cabras, daí o nome popular.
Hypsiboas bischoffi
perereca
Perereca de porte médio(cerca de 50 mm) e cor bege, podendo apresentar em seu dorso faixas longitudinais e manchas escuras. Em seu focinho e nas coxas estende-se uma fina linha esverdeada. Aparentemente, reproduz-se o ano todo. O macho vocaliza na vegetação baixa em torno de áreas alagadas na borda de matas.
Hypsiboas faber
sapo-ferreiro
Perereca de tamanho grande(cerca de 100 mm). Possui coloração variado entre bege eo castanho-escuro. Tem hábitos noturnos e sua voz é semelhante ao som produzido por marteladas. Os machos constroem ninhos de barro em forma de "panelas" nas margens de lagos e brejos, onde a fêmea deposita seus ovos. Após as chuvas, esses ninhos são inundados e os girinos passam a ocupar os corpos d'água.
Hypsiboas polytaenius
perereca-de-pijama
Perereca de tamanho pequeno( em torno de 30 mm) de cor castanho ou bege e que apresenta no dorso diversas linhas longitudinais de coloração castanho-escura. Vocalizam na vegetação marginal de áreas alagadas, em borda de mata. Esta espécie é semelhante à Hypsiboas polytaenius. Entretando, estudos adicionais devem ser realizados, para diagnóstico mais preciso da espécie.
Hypsiboas prasinus
perereca
Perereca de tamanho médio(cerca de 50 mm). A coloração desta espécie pode vairiar entre verde, amarelo e castanha. O macho vocaliza empoleirado na vegetação, sobre gramíneas ou mesmo flutuando na água, em riachos e lagoas no interior ou borda de mataas e , também em áreas abertas.
Phasmahyla cochranae
perereca-de-folhagem
Perereca de porte mediano(cerca de 35 mm) que possui coloração dorsal verde durante o dia e castanho-avermelhada à noite. A lateral do corpo e as porções internas das patas e braços são alaranjadas e apresentam pequenas pintas arroxeadas, dispostas de forma irregular. Sua pupila é vertical e não horrizontal como muitos anuros. Esta é uma das características da subfamília Phyllomedusinae, que engloba diversas formas de perereca-de-folhagem. Habita a vegetação marginal de riachos em locais florestados e costuma locomover-se lentamente, por meio de marcha, em meio a pequenos galhos e folhas. A desova é colo em ninhos de folhas pendentes sobre remansos de riachos. Após algum tempo, os ovos eclodem e os girinos caem na água, onde terminam o seu desenvolvimento.
Phyllomedusa burmeisteri
perereca-das-folhagens
Perereca de tamanho grande(cerca de 60 mm) com intensa coloração verde, áreas azuladas nas coxas e manchas circulares amarelas na porção interna das coxas, braços e laterais do corpo. Costuma vocalizar na vegetação próxima às poças de água profundas, em áreas de borda de mata. A desova é semelhante à da espécie citada anteriormente. Os girinos só abandonam o funil de folhas quando as reservas de alimento se esgotam, caindo na poça, onde completam seu desenvolvimento.
Phyllomedusa tetraploidea
perereca-das-folhagens
Espécie de perereca grande(cerca de 60 mm) com coloração verde, pertence ao mesmo grupo da espécie acima citada e apresentando hábitos e biologia semelhantes.
Scinax crospedospilus
perereca
Esta pequena perreca(cerca de 30 mm) possui coloração bege, com manchas escuras no dorso e íris vermelho-acobreada. Habita a vegetação baixa na margem de lagos, na borda e no interior de matas.
Scinax fuscovarius
perereca-de-banheiro
Perereca de tamanho mediano(cerca de 45 mm), que apresenta coloração bege, com faixas escuras dispostas transversalmente pelo corpo. Durante o dia abriga-se nas frestas de árvores ou no solo e, com frequência, refugia-se em habitações humanas. À noite, os machos vocalizam entre a vegetação existente no chão, às margens de lagos, brejos ou poças. Costuma desovar sobre o substrato destes corpos d'água.
Scinax hayii
perereca-de-banheiro
Perereca de porte médio(cerca de 40 mm), com coloração castanho-amarelada no dorso. Os machos da espécie costuma vocalizar sobre a vegetação baixa, ao redor de poças e lagos. Sua desova é depositada dobre o fundo ou entre vegetação submersa. Assim como a espécie citada anteriormente, Scinax hayii também pode refurgiar-se dentro de residências rurais(sitios ou ranchos).
Scinax perpusillus
perereca-des-bromélias
Perereca de pequeno porte(cerca de 18 mm), que apresenta coloração dorsal cinzenta, com algumas manchas e estrias escuras e cor amarelo-alaranjada na virilha e parte interna da coxa. Esta sempre associada a bromélias, onde realiza todo ciclo de vida.
Scinax
perereca
Esta perereca de tamanho mediano(41 mm) possui coloração amarronzada e linhas de cor bege dispostas irregularmente pelo corpo. Possivelmente trata-se de uma espécie nova, ainda não descrita. Mais estudos e observações devem ser realizados a fim de conseguir informações sobre sua biologia e determinar com segurança a identidade destes exemplares.
Scinax
perereca
Perereca com tamanho de pequeno a médio(cerca de 35 mm). Possui coloração que varia entre bege e o amarelo. Os machos vocalizam na vegetação baixa, às margens de lagos e áreas brejosas na borda de matas.
Sphaenorhynchus orophilus
pererequinha-verde
Pequena perereca(cerca de 30 mm) de coloração verde com focinho curto que frequentemente apresenta duas faixas longitudinais dorsais de um tom de verde mais claro. Tem o hábito de vocalizar em meio à vegetação flutuante em trechos profundos de lagos ou poças, na bordade matas ou em áreas abertas.
FAMÍLIA LEPTODACTYLIDAE
Leptodactylus fuscus
rã-assobiadora
Rã de tamanho médio(cerca de 50 mm). Apresenta a região dorsal ornada por pequenas manchas de coloração marrom sobre fundo cinza-oliváceo. Seu focinho, relativamente afilado, é utilizado para escavar câmaras subterrâneas no solo, em áreas de pastos e campos. Nestas câmaras, os ovos são depositados em meio a um ninho de espuma. Quando as chuvas inundam essas cavidades, os girinos são levados para poças d'água, onde completam seu desenvolvimento.
Leptodactylus marmoratus
rãzinha-piadeira
Pequena espécie de rã(cerca de 20 mm) com hábitos diurnos e crepusculares, podendo estender sua atividade até de madrugada. Possui colorido dorsal marrom claro, com algumas estrias energeticas dispostas simetricamente. Apresenta, com frequencia, algumas faixas de cor salmão nas laterais do corpo, pernas e braços. Habita o chão de matas ou áreas abertas que possuam algum tipo de vegetação. Para reprodução escava túneis que terminam em uma pequena câmara esférica subterrânea. Deposita ali seus ovos, envoltos em um ninho de espuma, onde os girinos se desenvolvem. Sua vocalização muitas vezes é confundida com o som produzido por grilos. Possivelmente mais de uma espécie esteja sendo chamada pelo mesmo nome.
Leptodactylus ocellatus
rã-manteiga
Esta rã de tamanho grande(cerca de 100mm) apresenta coloração olivácea pontuda por manchas escuras. Os machos possuem membros anteriores bastante fortes. Costumam adaptar-se bem às alterações ambientais produzidas pelo homem, sendo muito comum em locais habitados. Desova em ninhos de espuma nas margem de lagos. Os ovos e girinos são produzidas de predadores pela fêmea.
Paratelmatobius cardosoi
rãzinha-de-barriga-vermelha
Pequenina rã(cerca de 17mm) de coloração dorsal cinza-acastanhada, com pequenas manchas e barras de coloração preta. Seu ventre apresenta manchas grandes de cor vermelho-alaranjada e de forma irregular. Possui hábitos florestais e vive no folhiço do chão da mata. Sua reprodução se dá na estação chuvosa. Os machos vocalizam à noite, nas margem de pequenas poças temporárias, no interior e nas bordas de matas. Os ovos sao depositados no fundo dessas poças.
FAMÍLIA LEIUPERIDAE
Physalaemus cuvieri
rã-cachorro
Espécie pequena de rã(cerca de 30 mm) com coloração e desenhos dorsais bastante variáveis. Geralmente apresenta cor bege ou marrom-acizentada. A região inguinal, coxas e axilas possuem manchas com tons salmão ou laranja. Sua vocalização lembra o latido de cães, daí o nome popular. Reproduz-se em áreas abertas ou bordas de mata, em lagos ou represas. A desova á flutuante e envolta em ninho de espuma.
Physalaemus olfersii
rãzinha-rangedora
Rã de porte pequeno(cerca de 30 mm), focinho afilado e coloração dprsal marrom-clara, com desenho margeados de um tom verde-claro. Apresenta uma faixa lateral marrom-escura que se estende dos olhos até a região inguinal. Uma fina linha branca margeia a parte inferior da faixa, partindo dos olhos até os braços. Os machos de Physalaemus olfersii vocalizam no chão, próximo a lagos e brejos, no interior de florestas.
A desova é realizada em ninhos de espuma dispostos a beira d'água.
FAMÍLIA RANIEDAE
Lithobates catesbeianus
rã-touro
Rã de grande porte(pode atingir 200 mm), coloração esverdeada e membranas interdigitais nos pés. A rã-touro é uma espécie exótica oriunda da América do Norte. Chegou ao Brasil, a partir da década de 40, por conta da instalação da ranários para produção de carne. A falta de cuidados específicos resultou no escape de muitos exemplares, que vêm colonizando áreas naturais. Esta espécie é potencialmente uma ameaça para outras espécies de anfíbios nativos, por ser uma predadora voraz. Tanto o adulto quanto o girino alimentam-se de outros anfíbios e seus ovos. É sabido que, no Brasil, a rã-touro chega a reproduzir-se duas vezes ao ano e suas desovas chegam a conter cerda de 20.000 ovos.
FINAL DA PÁGINA(NOVAS POSTAGENS NA PÁGINA RÉPTEIS).
Dendropsophus minutus
pererequinha-do-brejo
Está pequena espécie de perereca(cerca de 20 mm) possui coloração bege-amarelada e manchas escuras, em forma de faixas, estreitas ou de uma ampulheta. Vocaliza na vegetação marginal em brejos e lagos em áreas abertas. Sua desova é realizada na água.
Hypsiboas albomargintus
perereca-verde-de-coxas-laranjas
Perereca de cor verde e tamanho médio(cerca de 50 mm), com colorido alaranjado nas coxas. A voz desta espécie consiste em um grito rouco, repetido irregularmente, em meio à vegetação baixa na margem de lagoas e brejos em áreas abertas.
Hypsiboas albopunctatus
perereca-cabrinha
Perereca com tamanho médio(cerca de 60 mm). Possui coloração marrom no dorso e pequenas pintas amarelo-esbraqueçadas na porção externa das coxas e região inguinal. A espécie costuma habitar áreas abertas, como banhados, brejos e lagos. Sua vocalização lembra um pouco o balido de cabras, daí o nome popular.
Hypsiboas bischoffi
perereca
Perereca de porte médio(cerca de 50 mm) e cor bege, podendo apresentar em seu dorso faixas longitudinais e manchas escuras. Em seu focinho e nas coxas estende-se uma fina linha esverdeada. Aparentemente, reproduz-se o ano todo. O macho vocaliza na vegetação baixa em torno de áreas alagadas na borda de matas.
Hypsiboas faber
sapo-ferreiro
Perereca de tamanho grande(cerca de 100 mm). Possui coloração variado entre bege eo castanho-escuro. Tem hábitos noturnos e sua voz é semelhante ao som produzido por marteladas. Os machos constroem ninhos de barro em forma de "panelas" nas margens de lagos e brejos, onde a fêmea deposita seus ovos. Após as chuvas, esses ninhos são inundados e os girinos passam a ocupar os corpos d'água.
Hypsiboas polytaenius
perereca-de-pijama
Perereca de tamanho pequeno( em torno de 30 mm) de cor castanho ou bege e que apresenta no dorso diversas linhas longitudinais de coloração castanho-escura. Vocalizam na vegetação marginal de áreas alagadas, em borda de mata. Esta espécie é semelhante à Hypsiboas polytaenius. Entretando, estudos adicionais devem ser realizados, para diagnóstico mais preciso da espécie.
Hypsiboas prasinus
perereca
Perereca de tamanho médio(cerca de 50 mm). A coloração desta espécie pode vairiar entre verde, amarelo e castanha. O macho vocaliza empoleirado na vegetação, sobre gramíneas ou mesmo flutuando na água, em riachos e lagoas no interior ou borda de mataas e , também em áreas abertas.
Phasmahyla cochranae
perereca-de-folhagem
Perereca de porte mediano(cerca de 35 mm) que possui coloração dorsal verde durante o dia e castanho-avermelhada à noite. A lateral do corpo e as porções internas das patas e braços são alaranjadas e apresentam pequenas pintas arroxeadas, dispostas de forma irregular. Sua pupila é vertical e não horrizontal como muitos anuros. Esta é uma das características da subfamília Phyllomedusinae, que engloba diversas formas de perereca-de-folhagem. Habita a vegetação marginal de riachos em locais florestados e costuma locomover-se lentamente, por meio de marcha, em meio a pequenos galhos e folhas. A desova é colo em ninhos de folhas pendentes sobre remansos de riachos. Após algum tempo, os ovos eclodem e os girinos caem na água, onde terminam o seu desenvolvimento.
Phyllomedusa burmeisteri
perereca-das-folhagens
Perereca de tamanho grande(cerca de 60 mm) com intensa coloração verde, áreas azuladas nas coxas e manchas circulares amarelas na porção interna das coxas, braços e laterais do corpo. Costuma vocalizar na vegetação próxima às poças de água profundas, em áreas de borda de mata. A desova é semelhante à da espécie citada anteriormente. Os girinos só abandonam o funil de folhas quando as reservas de alimento se esgotam, caindo na poça, onde completam seu desenvolvimento.
Phyllomedusa tetraploidea
perereca-das-folhagens
Espécie de perereca grande(cerca de 60 mm) com coloração verde, pertence ao mesmo grupo da espécie acima citada e apresentando hábitos e biologia semelhantes.
Scinax crospedospilus
perereca
Esta pequena perreca(cerca de 30 mm) possui coloração bege, com manchas escuras no dorso e íris vermelho-acobreada. Habita a vegetação baixa na margem de lagos, na borda e no interior de matas.
Scinax fuscovarius
perereca-de-banheiro
Perereca de tamanho mediano(cerca de 45 mm), que apresenta coloração bege, com faixas escuras dispostas transversalmente pelo corpo. Durante o dia abriga-se nas frestas de árvores ou no solo e, com frequência, refugia-se em habitações humanas. À noite, os machos vocalizam entre a vegetação existente no chão, às margens de lagos, brejos ou poças. Costuma desovar sobre o substrato destes corpos d'água.
Scinax hayii
perereca-de-banheiro
Perereca de porte médio(cerca de 40 mm), com coloração castanho-amarelada no dorso. Os machos da espécie costuma vocalizar sobre a vegetação baixa, ao redor de poças e lagos. Sua desova é depositada dobre o fundo ou entre vegetação submersa. Assim como a espécie citada anteriormente, Scinax hayii também pode refurgiar-se dentro de residências rurais(sitios ou ranchos).
Scinax perpusillus
Perereca de pequeno porte(cerca de 18 mm), que apresenta coloração dorsal cinzenta, com algumas manchas e estrias escuras e cor amarelo-alaranjada na virilha e parte interna da coxa. Esta sempre associada a bromélias, onde realiza todo ciclo de vida.
Scinax
perereca
Esta perereca de tamanho mediano(41 mm) possui coloração amarronzada e linhas de cor bege dispostas irregularmente pelo corpo. Possivelmente trata-se de uma espécie nova, ainda não descrita. Mais estudos e observações devem ser realizados a fim de conseguir informações sobre sua biologia e determinar com segurança a identidade destes exemplares.
Scinax
perereca
Perereca com tamanho de pequeno a médio(cerca de 35 mm). Possui coloração que varia entre bege e o amarelo. Os machos vocalizam na vegetação baixa, às margens de lagos e áreas brejosas na borda de matas.
Sphaenorhynchus orophilus
pererequinha-verde
Pequena perereca(cerca de 30 mm) de coloração verde com focinho curto que frequentemente apresenta duas faixas longitudinais dorsais de um tom de verde mais claro. Tem o hábito de vocalizar em meio à vegetação flutuante em trechos profundos de lagos ou poças, na bordade matas ou em áreas abertas.
FAMÍLIA LEPTODACTYLIDAE
Leptodactylus fuscus
rã-assobiadora
Rã de tamanho médio(cerca de 50 mm). Apresenta a região dorsal ornada por pequenas manchas de coloração marrom sobre fundo cinza-oliváceo. Seu focinho, relativamente afilado, é utilizado para escavar câmaras subterrâneas no solo, em áreas de pastos e campos. Nestas câmaras, os ovos são depositados em meio a um ninho de espuma. Quando as chuvas inundam essas cavidades, os girinos são levados para poças d'água, onde completam seu desenvolvimento.
Leptodactylus marmoratus
rãzinha-piadeira
Pequena espécie de rã(cerca de 20 mm) com hábitos diurnos e crepusculares, podendo estender sua atividade até de madrugada. Possui colorido dorsal marrom claro, com algumas estrias energeticas dispostas simetricamente. Apresenta, com frequencia, algumas faixas de cor salmão nas laterais do corpo, pernas e braços. Habita o chão de matas ou áreas abertas que possuam algum tipo de vegetação. Para reprodução escava túneis que terminam em uma pequena câmara esférica subterrânea. Deposita ali seus ovos, envoltos em um ninho de espuma, onde os girinos se desenvolvem. Sua vocalização muitas vezes é confundida com o som produzido por grilos. Possivelmente mais de uma espécie esteja sendo chamada pelo mesmo nome.
Leptodactylus ocellatus
rã-manteiga
Esta rã de tamanho grande(cerca de 100mm) apresenta coloração olivácea pontuda por manchas escuras. Os machos possuem membros anteriores bastante fortes. Costumam adaptar-se bem às alterações ambientais produzidas pelo homem, sendo muito comum em locais habitados. Desova em ninhos de espuma nas margem de lagos. Os ovos e girinos são produzidas de predadores pela fêmea.
Paratelmatobius cardosoi
rãzinha-de-barriga-vermelha
Pequenina rã(cerca de 17mm) de coloração dorsal cinza-acastanhada, com pequenas manchas e barras de coloração preta. Seu ventre apresenta manchas grandes de cor vermelho-alaranjada e de forma irregular. Possui hábitos florestais e vive no folhiço do chão da mata. Sua reprodução se dá na estação chuvosa. Os machos vocalizam à noite, nas margem de pequenas poças temporárias, no interior e nas bordas de matas. Os ovos sao depositados no fundo dessas poças.
FAMÍLIA LEIUPERIDAE
Physalaemus cuvieri
rã-cachorro
Espécie pequena de rã(cerca de 30 mm) com coloração e desenhos dorsais bastante variáveis. Geralmente apresenta cor bege ou marrom-acizentada. A região inguinal, coxas e axilas possuem manchas com tons salmão ou laranja. Sua vocalização lembra o latido de cães, daí o nome popular. Reproduz-se em áreas abertas ou bordas de mata, em lagos ou represas. A desova á flutuante e envolta em ninho de espuma.
Physalaemus olfersii
rãzinha-rangedora
Rã de porte pequeno(cerca de 30 mm), focinho afilado e coloração dprsal marrom-clara, com desenho margeados de um tom verde-claro. Apresenta uma faixa lateral marrom-escura que se estende dos olhos até a região inguinal. Uma fina linha branca margeia a parte inferior da faixa, partindo dos olhos até os braços. Os machos de Physalaemus olfersii vocalizam no chão, próximo a lagos e brejos, no interior de florestas.
A desova é realizada em ninhos de espuma dispostos a beira d'água.
FAMÍLIA RANIEDAE
Lithobates catesbeianus
rã-touro
Rã de grande porte(pode atingir 200 mm), coloração esverdeada e membranas interdigitais nos pés. A rã-touro é uma espécie exótica oriunda da América do Norte. Chegou ao Brasil, a partir da década de 40, por conta da instalação da ranários para produção de carne. A falta de cuidados específicos resultou no escape de muitos exemplares, que vêm colonizando áreas naturais. Esta espécie é potencialmente uma ameaça para outras espécies de anfíbios nativos, por ser uma predadora voraz. Tanto o adulto quanto o girino alimentam-se de outros anfíbios e seus ovos. É sabido que, no Brasil, a rã-touro chega a reproduzir-se duas vezes ao ano e suas desovas chegam a conter cerda de 20.000 ovos.
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